Olhando para a Roma antiga vemos muito da cultura etrusca e também dos antigos gregos. Mas Roma, além de fagocitar a arte de povos vizinhos, desenvolveu e gerou sua própria arte.
A seguir apontarei algumas diferenças de destaque na cultura romana.
Na arquitetura e urbanismo
Grécia (Hellás)
Roma (SPQR)
Pilar e dintel
Templos com colunas. Ex: Partenon.
Ágora
Teatro.
Arcos triunfais e
aquedutos.
Construções com abóbadas e domos.
Ex: Panteão.
Fórum
Anfiteatro. Ex: o Coliseu de Roma e a Arena de Verona.
Além disso:
mausoléus e sistema de esgoto.
Na escultura, pintura e mosaico
Grécia (Hellás)
Roma (SPQR)
Nudez atlética de deuses e semideuses.
Mito, fantasia.
Bustos de imperadores.
Realismo.
Religião, política e literatura
Grécia (Hellás)
Roma (SPQR)
Paganismo, politeísmo. (Zeus)
Democracia
Filosofia e retórica.
Três epopeias: Teogonia; ILIADA; Odisseia.
Poesia lírica: idealização.
Teatro: tragédia e comédia [atores].
Noções de ateísmo.
Paganismo, politeísmo. (Júpiter)
República, senado
Direito e oratória.
Uma epopeia: Eneida.
Poesia lírica: pragmatismo.
Pão e circo [gladiadores].
Cristianismo original.
Muito do que se via na Grécia antiga via-se também na Roma antiga. Mas assim como a Grécia, Roma também acrescentou muitas novidades ao mundo. O nosso modo de vida atual tem sua origem nessas culturas.
Por sua vez, Grécia e Roma tiveram influência de culturas mais antigas, como da Mesopotâmia e do Egito (Kemet).
Dados de 2019, ou seja, antes da pandemia, para apresentar o cenário normal do turismo no mundo. Fonte: Wikipedia em inglês.
Os 10 países onde entram mais estrangeiros são:
1º- China 65 milhões (+ Hong Kong 23,8 milhões + Macau 18,6
milhões) total 107,4
2º- França 90,9 milhões
3º- Espanha 83 milhões
4º- Estados Unidos 79 milhões
5º- Itália 64 milhões
6º- Turquia 51 milhões
7º- México 45 milhões
8º- Tailândia 39,8 milhões
9º- Alemanha 39,6 milhões
10º- Reino Unido 39,4 milhões
Curiosidade: onde fica Portugal nesse ranking
Japão 32,2 milhões
Grécia 31 milhões
Portugal 24 milhões
Holanda 20 milhões
Índia 17,9
Curiosidade: Oriente Médio e África
Arábia Saudita 17,5 milhões
Emirados Árabes 16 milhões
Egito 13 milhões
Marrocos 12,9 milhões
África do Sul 10 milhões
Curiosidade: América do Sul e América Central
Argentina 7,4 milhões
Brasil 6,4 milhões
Peru 5 milhões
Chile 4,5 milhões
Cuba 4,3 milhões
Observações
Hong Kong e Macau fazem parte da China, mas por algum motivo que desconheço todos os rankings que pesquisei os mostram separados, como se fossem outros países. Então, na verdade, a China é o primeiro do ranking e não a França.
O México é o mais visitados país da América Latina.
A Turquia tem Istambul como cidade mais visitada. Ou seja, a parte europeia do país é a que mais recebe turistas.
A Arábia Saudita deve seu alto índice de turismo a Meca, porque o muçulmano, quando capaz de arcar financeiramente com a viagem, tem entre uma de suas obrigações visitar essa cidade.
Nos Emirados Árabes ficam as cidades de Dubai e Abu Dhabi, daí o alto índice de turismo.
O Egito não é o primeiro da lista, o que para mim foi um choque quando descobri, pois obviamente deveria ser o primeiro por tudo que tem a oferecer: os monumentos históricos impressionantes, museus etc. E para aqueles que não gostam tanto assim de História: praias, passeios no deserto, mercados populares, gastronomia...
O Brasil fica muito mal posicionado nesse ranking! É chocante, mas preciso dizer que o país inteiro recebe menos turistas que a cidade de Buenos Aires, na Argentina. Há anos os governos brasileiros não têm feito o seu dever de casa. Nosso país não fica nem entre os 50 mais visitados.
Metalinguagem = espelho infinito = sem fim, inconclusivo.
Para ensinar o básico, deve-se conhecer a fundo o conteúdo a ser ensinado.
O professor de língua materna não pode limitar o seu conhecimento apenas à língua que ele ensina. O uso da língua materna para entender ela mesma, às vezes, é insuficiente.
Metalinguagem é utilizar um código para explicar ou analisar o próprio código. É imprescindível haver também uma análise de fora, um ponto de vista exterior, ou seja, de um outro código linguístico.
O problema da metalinguagem é a confusão que ela causa em si mesma, como vemos na imagem acima.
O professor de Língua Portuguesa tem que conhecer, ao menos, uma língua estrangeira bem, e outras razoavelmente.
O professor de Gramática tem que conhecer também a Linguística e a Literatura.
O professor de Literatura tem que conhecer, além das literaturas mundiais e teorias literárias, outras abordagens: históricas, antropológicas, psicológicas, linguísticas etc.
O professor de Linguística obviamente conhece bem a Gramática tradicional. Mas tem que conhecer também, além de vários ramos da Linguística, outras abordagens. Isto inclui línguas estrangeiras, Estilística e teorias literárias.
A Linguística por si só é capaz de desmentir alguns eventos tidos como "fenômenos", mas que são, na verdade, mero charlatanismo. Ex: regressão a vidas passadas, reencarnação, possessões, mediunidade, "dom" de línguas etc.
Como especialista em linguagens, incluindo verbal e não verbal, é desejável que esse professor tenha conhecimentos básicos em artes visuais e música. E em se tratando de linguagem mista: leitura de mapas, gráficos etc são conhecimentos mais do que relevantes.
A Filosofia pode ser definida como a organização de um pensamento. Essa organização [e a Filosofia, portanto] é feita por textos. Todos os ramos da Filosofia dependem da língua verbal para existir, incluindo a Lógica, que é o ramo que estuda como organizar o pensamento verbal.
É desejável que o especialista em linguagens e ensino de língua seja também leitor de Filosofia, estudioso da Lógica e conhecedor crítico de falácias.
O professor de língua materna tem que conhecer tudo isso. Já o tradutor tem que conhecer tudo isso e mais: Filologia, História e biografia do autor [se for o caso].
Portanto, perceba que, a formação de especialistas no Ensino de Língua Materna não é algo simples como pode parecer a quem está de fora [leigo].
A língua verbal e todas as formas de linguagens humanas são o que mais nos define como humanos, muito mais do que a nossa biologia. Os seres humanos são os únicos animais na Terra que expressam a sua consciência por meio de língua verbal. E isso é muito avançado!
Devemos lembrar que alguns animais, como exemplo os chipanzés, podem aprender linguagem de sinais. Isso também significa muito! Mas a linguagem de sinais dos símios não é capaz de produzir narrativas, ficções e cultura como a linguagem de sinais que humanos surdos usam. Essa é a diferença entre linguagem de sinais [usada por símios] e língua de sinais [usada por pessoas surdas]. A língua de sinais é uma língua verbal não oral.
Até hoje, os seres humanos ainda são os únicos animais na Terra a construir mundos a partir de símbolos, a criar símbolos, a dar significado à abstração, a criar abstração, a inventar narrativas e fazer a ficção se tornar parte constituinte e vital de uma comunidade. Isso foi fator determinante para a nossa organização social e sobrevivência evolutiva.
Dica de leitura: Sapiens - Uma breve história da humanidade (Yuval Noah Harari).
Estudar, compreender e ensinar a nossa própria língua não é tarefa para qualquer aventureiro. E a metodologia de ensino de língua materna se faz em todos esses conhecimentos somados, não em livros rasos de didática.
Para ensinar o básico, deve-se conhecer a fundo o conteúdo a ser ensinado.
Bônus:
CiênciaTodoDia: A História da vida na Terra em 8min.
"A vida e a História dela é bastante semelhante a ler uma história. Só que essa história nós não estamos lendo do ponto de vista do narrador, nós somos um dos milhares de personagens"
(Pedro Loss, canal Ciência Todo Diain You Tube)
Resenha do livro "Sapiens: Uma breve história da humanidade
O autor do livro explica como a capacidade dos seres humanos de criar narrativas ficcionais foi vital para a nossa organização como espécie e sobrevivência evolutiva.