O álbum GIGATON do Pearl
Jam lançado em março de 2020 já nasceu um clássico! E pode com tranquilidade ser considerado um dos melhores álbuns da carreira da banda. O melhor, obviamente,
é o primeiro: TEN.
GIGATON surgiu em meio a uma pandemia, o que não era previsto pela banda. Mas ele se encaixa perfeitamente como a trilha sonora dos tempos em que vivemos, tanto pela temática quanto por sua sonoridade contemporânea.
GIGATON está disponível no YouTube, Spotify e em outras plataformas de streaming.
GIGATON está disponível no YouTube, Spotify e em outras plataformas de streaming.
A banda tem a mesma formação do seu primeiro álbum, exceto pelo baterista e pela adição de um
tecladista.
Eddie
Vedder – vocal;
Mike McCready – guitarra solo;
Stone Gossard – guitarra;
Jeff Ament – baixo;
Matt Cameron – bateria [ex-Soundgarden];
Boom
Gaspar – teclado.
A sonoridade do álbum merece muitos predicados para destacar a sua qualidade. A voz e estilo inconfundíveis de Eddie Vedder, além das guitarras, nos dizem que é o velho Pearl Jam. Já os vocais adicionais, teclados e alguns efeitos sonoros nos remetem a algo novo, mas que casou muito bem com a banda.
A sonoridade do álbum merece muitos predicados para destacar a sua qualidade. A voz e estilo inconfundíveis de Eddie Vedder, além das guitarras, nos dizem que é o velho Pearl Jam. Já os vocais adicionais, teclados e alguns efeitos sonoros nos remetem a algo novo, mas que casou muito bem com a banda.
Faixa a faixa:
1- Who ever said: a faixa de abertura não demora a agradar. É
uma canção que agita. Sem dúvida, uma ótima faixa para abrir um álbum de rock.
Tem cara e cheiro de sucesso garantido. Imagino ela como sendo indispensável nos futuros shows do Pearl Jam ao vivo após a pandemia.
2- Superblood Wolfmoon: o título refere-se à lua cheia com
tom avermelhado para a qual os lobos uivam. Essa é outra faixa que, como a primeira, cola rapidamente. Um rock com um solo de guitarra incendiário! Muito prazerosa de ouvir.
3- Dance of the Clairvoyants: esta é a faixa mais experimental do
álbum, e a banda acertou em cheio nessa experimentação! Ela é dançante, perfeita
para ouvir em uma boate. E tem uma atmosfera gótica, pós-punk, ao mesmo tempo
em que anima a dançar. É uma viagem sinestésica de luzes, efeitos sonoros e batida contagiante. O baixo inicial e os efeitos de teclado dão um tom especial, mas ela ainda se desenvolve muito mais e termina com uma melodia fantástica!
4- Quick Escape: outro rock que agrada muito pelo ritmo, linha de baixo, refrão etc. Ela é mais um hit e um marco super positivos para o álbum. A letra cita Queen e Mercury numa clara homenagem. Também explicita o descontentamento com o governo de Donald Trump.
5- Alright: outra canção que traz uma vertente experimental; porém, lenta, intimista, reflexiva até mística, com efeitos que não ouvimos frequentemente numa
banda como o Pearl Jam. Traz grandes momentos de paz e meditação.
6- Seven o’Clock: O início lembra muito o PINK FLOYD da fase
PULSE. Mas quando começa o vocal, percebemos uma canção nova e que agrega muita
qualidade ao álbum. Mais uma vez, a banda critica o governo Trump. Belíssima faixa, deve ser imediatamente considerada um clássico do rock experimental!
7- Never Destination: Mais um rock agitado, ao estilo “Do
the evolution”, antigo sucesso do Pearl Jam, mas este tem batida mais rápida. As guitarras são muito bem trabalhadas, como em vários momentos do álbum.
8- Take the Long Way: ótima bateria, frenética e cheia de energia. Esse é um rock que vai agitar muitas festas quando o isolamento social acabar.
9- Buncle Up: uma canção meio parada, mas não muito lenta, com riff e
estrutura repetitiva. Soa como se fosse uma
canção de ninar revisitada.
10- Comes Then Goes: executada apenas com voz e violão, tem uma
pegada folk que costumava aparecer nas bandas de grunge rock da década de 1990. Ótimos vocais!
11- Retrograde: uma belíssima balada que merece estar nas rádios. Bem ao estilo Pearl Jam, mas com alguns elementos contemporâneos. Ela cresce e termina de forma sublime!
12- River Cross: outra balada, lindíssima, com
um tom um pouco experimental. Fecha o disco de forma épica! Musicalidade que deverá ser mencionada por anos no futuro, assim como outras faixas do álbum!
A temática do álbum é reflexiva e intimista às vezes, mas nada depressivo, muito pelo contrário, o álbum anima. Os vídeos que divulgam as músicas trazem muitas imagens da natureza, mostrando que a ecologia é uma preocupação da banda, daí a capa ser uma geleira derretendo. E há muitas críticas explícitas ao governo de Donald Trump. As linhas vermelhas de um monitor cardíaco simbolizam um alerta de que o nosso planeta clama por cuidados.
Capa de Gigaton, 2020. |
O álbum é agradável e empolgante, no mínimo! Tendo a acha-lo genial e surpreendente para o contexto em que vivemos. Não sei há quanto tempo eu esperava um lançamento no rock contemporâneo que acrescentasse algo novo e, ao mesmo tempo, soasse como rock clássico. A banda se reinventou no experimentalismo, mas ainda assim soa como o bom e velho Pearl Jam.
É o melhor lançamento que eu ouço em muitos anos! As faixas de rock 1, 2 e 4 eu já as considero como clássicos da banda. São incrivelmente boas! As duas baladas que fecham o disco são absolutamente fantásticas! A faixa 6 [Seven o'Clock] é outra que surpreende demais, tanto pelo som quanto pela letra. A faixa 5 [Alright] também me agrada muito em seu tom contemplativo! E a faixa 3, o que dizer dela? Ela tem que ser a música das discotecas pós-pandemia. Eu que não danço, iria a uma boate para dançar essa música.
O Pearl Jam construiu
algumas frases muito bonitas, musical e poeticamente, que se repetem ao final
destas canções e se pregam em nossa mente como um mantra:
Em Dance
of the Clairvoyants: “Stand back when the spirit comes”.
Em Seven
O’Clock: “Much to be done, much to be”.
Em Retrograde:
“Hear the sound. Hear The Sound…”.
Em River
Cross: “Share the light. Won’t hold us down”
Recepção e crítica especializada
Fonte: Wikipedia, versão em inglês, tradução minha.
Todas as críticas foram positivas. Eu concordo com o comentário de George Garner e, pessoalmente, dou ao álbum 5 de 5 estrelas.
"Na Billboard 200 dos EUA, Gigaton estreou no número 5."
"O crítico da AllMusic, Stephen Thomas Erlewine, classificou o álbum em 4 de 5 estrelas."
"O escritor da Rolling Stone, Kory Grow, também deu uma crítica positiva ao álbum, classificando-o em 4 de 5 estrelas."
"O roteirista John Paul Bullock também foi positivo em relação ao álbum, escrevendo: 'Gigaton tem um pouco de tudo para todos. É um álbum complexo e dinâmico, cheio de emoção sincera e humor sutil'."
"Mojo, em mais uma crítica positiva, escreveu: 'Forte e solto, político e pessoal, o Pearl Jam consegue o equilíbrio absolutamente certo'."
"O escritor George Garner (Kerrang!) deu ao álbum uma avaliação perfeita e escreveu: 'É o álbum mais furioso do Pearl Jam desde 2006. É o mais musicalmente inventivo desde 1998. E, em virtude de seus temas, é o mais gravemente necessário de toda a sua carreira. É, em suma, um triunfo'."
"Escrevendo para The A.V. Clube, Alex McLevy deu ao álbum a nota B."
"O crítico de som Matt Melis classificou o álbum como B+."
"Steve Lampiris, do The Line of Best Fit, considerou o Gigaton o álbum mais experimental da banda e deu uma pontuação de 8 em 10."
"O crítico da AllMusic, Stephen Thomas Erlewine, classificou o álbum em 4 de 5 estrelas."
"O escritor da Rolling Stone, Kory Grow, também deu uma crítica positiva ao álbum, classificando-o em 4 de 5 estrelas."
"O roteirista John Paul Bullock também foi positivo em relação ao álbum, escrevendo: 'Gigaton tem um pouco de tudo para todos. É um álbum complexo e dinâmico, cheio de emoção sincera e humor sutil'."
"Mojo, em mais uma crítica positiva, escreveu: 'Forte e solto, político e pessoal, o Pearl Jam consegue o equilíbrio absolutamente certo'."
"O escritor George Garner (Kerrang!) deu ao álbum uma avaliação perfeita e escreveu: 'É o álbum mais furioso do Pearl Jam desde 2006. É o mais musicalmente inventivo desde 1998. E, em virtude de seus temas, é o mais gravemente necessário de toda a sua carreira. É, em suma, um triunfo'."
"Escrevendo para The A.V. Clube, Alex McLevy deu ao álbum a nota B."
"O crítico de som Matt Melis classificou o álbum como B+."
"Steve Lampiris, do The Line of Best Fit, considerou o Gigaton o álbum mais experimental da banda e deu uma pontuação de 8 em 10."
Fonte: Wikipedia, versão em inglês, tradução minha.
Todas as críticas foram positivas. Eu concordo com o comentário de George Garner e, pessoalmente, dou ao álbum 5 de 5 estrelas.
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