Quando te levantas, belo, no horizonte do céu,
Ó Aton vivo, aquele que deu início à vida,
Quando brilhas no horizonte do Oriente,
Enches todas as terras com a tua perfeição.
Tu és belo, grande, refulgente,
Elevado acima de todas as terras.
Teus raios cingem as terras
até aos confins de tua criação.
[...]
Embora estejas longe,
teus raios chegam à terra
e a todos acariciam-lhes as faces.
Inumeráveis são as tuas obras,
Mas ocultas à vista,
Ó Deus único sem igual!
Criaste, sozinho, a terra
segundo tua resolução,
Assim como os humanos,
Todos os animais maiores e menores,
Tudo o que vive sobre a terra
e caminha sobre patas,
Os que estão no alto e voam com asas,
As terras da Síria e de Cuxe,
E a terra do Egito.
Tu colocas cada homem em seu lugar
e crias o que lhe é necessário:
Cada um dispõe de seu alimento
e o seu tempo de vida está exatamente calculado;
As línguas são diferentes,
Pois distingues os povos estrangeiros
Tu estás em meu coração
[...]
A terra vem à existência por obra tua,
Já que crias as pessoas.
Quando te levantas, elas vivem;
Quando repousas, morrem.
És tu o tempo de vida em ti mesmo:
Vive-se por meio de ti.
Os olhos estão fitos em tua perfeição
até que te deitas.
Todos os trabalhos são interrompidos
quando repousas no Oeste.
Composição atribuída ao faraó Aquenaton
Tradução de Ciro Flamarion Cardoso
Fonte: Wikipédia
Contexto histórico:
Há muito mais de 3.000 anos, o faraó Aquenaton [ou Aquenáton] e a rainha Nefertiti tentaram impor um culto monoteísta no Egito antigo. Construíram uma nova cidade: Amarna, onde seria a nova sede política e religiosa.
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