Faro Editorial, 351 páginas. |
Esta postagem não será uma análise profunda, nem uma resenha, mas apenas uma boa indicação de leitura.
O romance histórico é um gênero literário que, quando bem feito, nos transporta a uma outra época, como se estivéssemos realmente vivendo aquele passado, testemunhando de perto os bastidores de eventos históricos. Esse é o maior barato desse gênero literário. E esse é o caso da narrativa aqui recomendada.
O enredo tem início nos famosos idos de março, ou seja, o assassinato de Júlio César.
Otávio, seu herdeiro, se tornaria o primeiro imperador romano, passando a se chamar Augusto. Nestas páginas de suas memórias ficcionais acompanharemos a sua trajetória e os principais eventos desse período da história de Roma.
Essa narrativa em primeira pessoa mostra um Otávio sagaz e manipulador que, com ajuda de Mecenas e Agripa [e o poeta Virgílio] vai mordiscando bocados cada vez maiores do poder.
Do triunvirato ao conflito inevitável com Marco Antônio e Cleópatra, ele vai ascendendo como imperador ao mesmo tempo que os cidadãos e o senado são levados a vê-lo como defensor da república romana.
Na segunda parte de suas "memórias" o imperador, bem mais velho, analisa sua trajetória.
Os poetas Virgílio e Horácio são mencionados em alguns momentos da narrativa.
Muito do que é narrado nesse livro realmente aconteceu daquele jeito. Outras coisas não sabemos, mas podem ter acontecido, não ter acontecido, ou acontecido de forma semelhante ao que a ficção propõe. Esse é o outro barato do romance histórico.
Outro romance histórico muito bem feito é:
"A pedra da luz: Nefer, o silencioso" de Christian Jacq
Já o recomendei várias vezes aqui no blog:
https://interludico.blogspot.com/2019/12/dica-de-leitura-nefer-o-silencioso.html