segunda-feira, 22 de abril de 2019

Males da vida moderna

Sei que é ironia usar a internet para falar mal da internet, mas vamos aos fatos.

Historicamente, primeiro foi a TV sendo barateada, vendida e posta em cada cômodo da casa. Depois piorou com a popularização da internet. Agora piorou ainda mais com a popularização do celular com internet.

Consequências do celular hoje:

- Afastamento da vida familiar: pessoas distantes se tornam mais interessantes na vida virtual, o núcleo familiar, que já andava desgastado desde a popularização da TV, se torna hoje cada vez menos presente.

- Vida virtual X vida real: antigamente se falava em "15 minutos de fama". Hoje as pessoas querem chamar a atenção para si 24h por dia. Os valores não são mais postos por quem serve comida à mesa, mas por quem comenta e curte sua foto em redes sociais. 

- Condicionamento cerebral: a vida virtual condiciona o cérebro a não responder aos problemas da vida real, isolando o indivíduo, dando a ele uma fuga virtual e, portanto, falsa para o prazer (distração virtual). Consequentemente, a criança e o adolescente não aprendem a lidar com os problemas da vida real e os adultos desaprendem. 

- Conexão 24h: nem o celular nem a mente se desligam, gerando ansiedade e insônia. Também condiciona o cérebro a respostas imediatas, o que gera impaciência e mais ansiedade, consequentemente, mais casos de depressão para alguns ou surtos de violência para outros. 

- Excesso de notícias falsas.

- Excesso de informações: o usuário tem que filtrar muito, ele não dá conta de acompanhar tudo o que é publicado na internet. Logo, tudo é efêmero e desinteressante, mesmo quando há valor.

- Excesso de banalidade: informações interessantes e úteis se misturam a informações inúteis e banais. O tempo de vida virtual rouba muito tempo da vida real. A fofoca ou barraco do outro lado do mundo ocupa mais tempo do que a educação dos filhos. A banalidade se torna espetáculo. As piadas se tornam a ordem da vida, enquanto a seriedade e informação se tornam descartáveis.

- Queda nos níveis de leitura e letramento: mais pessoas estão lendo, porém, interpretando pior e escrevendo pior ainda.

- Indústria cultural em crise: sei que Adorno fez críticas pertinentes à indústria cultural, mas ele não viveu para ver a quase morte de alguns setores, como, por exemplo, a indústria fonográfica (indústria da música). Tanto a indústria quanto a vida dos consumidores de cultura está se tornando cada vez mais pobre.

- Ser vigiado por câmeras em todo lugar e a todo tempo.

- O celular hoje é poder na palma da mão. No caso de crianças e adolescentes, poder sem responsabilidade, sem luta, sem conquista, sem méritos. Poder que crianças e adolescentes ganham dos pais que querem apenas que as crianças se distraiam, fiquem quietas, enquanto os pais curtem suas vidas (reais e virtuais) se eximindo da responsabilidade de educar, criar e dizer não quando é preciso.



Solução: conter os avanços tecnológicos não é possível, nem é o caminho, pois dependemos disso. Mas as pessoas devem ser educadas a não depender tanto desses "avanços". Usar sim, mas com limitações e responsabilidade. Exemplo: não usar em sala de aula, a menos com fins pedagógicos e quando o professor autorizar. Evitar usar no trabalho, a menos quando fizer parte do trabalho. Evitar usar nas horas de lazer com a família ou amigos. Quanto mais vida ao ar livre, leituras de livros, programas familiares ou entre amigos, melhor. Quanto menos redes sociais e aplicativos de mensagens, melhor. Pessoas se tornam zumbis quando dependem desse tipo de vida. Viver mais o real e menos o virtual, essa é a conclusão.

domingo, 14 de abril de 2019

Ode to Frøya

Freyja,

Am I good enough
To Fólkvangr?
Please, godness of the braves,
Satisfy my hunger
Of kneeling before Thy Grace!

Valkyrian Lady,
Am I good enough
To touch the land of spotless
Kneeling before Thy necklace?

Please,
Majesty of the dead,
Let me be in Fólkvangr
Where the brave men quietly slumber.



sexta-feira, 12 de abril de 2019

À deusa da Sexta.


Ó, Afrodite-Vênus,
Ó, Afrodite-Vênus,
Diz-me se é por destino ou fado,
Ver um seio tão caprichoso
Um ventre tão arrumado,
Uma visão tão onírica
Em vigília, quase a meu lado!

Se é por sina ou acaso,
Sorte ou má fortuna,
A tão cobiçado corpo,
Nunca, jamais ter tocado.

Ó, musa do dia.
Na noite de sexta me chamas
Para em sonhos vê-la despida,
E de insônia queimar-me em chamas.

Ó, deusa na brisa do mar,
Eu cá na solidão do luar,
Entre brumas quiméricas te vejo,
Ninfa entre espumas, desejo
Em tua concha dormir e sonhar.



O penetra

O penetra foi esfomeado a uma festa,
Fresta, festa; fresta, festa,
Nos teus olhos quase cerrados.

Nos seus olhos quase cerrados,
O penetra se tornou convidado,
Lado a lado, lado a lado.

O penetra se sentiu tão inspirado
Que escreveu em tua janela:
 “Tu és Ela, tu és Ela”

De modo tão apaixonado,
Que o penetra se tornou poeta
De todos os caprichos Dela!

sexta-feira, 5 de abril de 2019

12 pensamentos geniais de Oscar Wilde


“Todos estamos deitados na sarjeta, só que alguns estão olhando para as estrelas.”

“Um sonhador é aquele que só ao luar descobre seu caminho e que, como punição, vê o dia amanhecer antes do resto do mundo.”

“Só existem duas regras para escrever: ter algo a dizer e dizê-lo.”

“Se somos tão inclinados a julgar os outros, é porque tememos por nós mesmos.”

“O mundo é um palco, mas seu elenco é um horror." (parodiando Shakespeare)

“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”
(Isto ressoa como uma crítica ao 
"Cogito, ergo sum" de René Descartes)

“Afinal, o que é a moda? Do ponto de vista artístico, uma forma tão intolerável de horror que tem de ser mudada a cada seis meses.”

“Se a natureza tivesse sido confortável, o ser humano jamais teria inventado a arquitetura.”

“Qualquer um pode ter empatia com o sofrimento de um amigo. É simpatizar com o sucesso dele que exige uma natureza delicada.”

“Quando descobrirmos as leis que regem a vida, perceberemos que os homens de ação têm mais ilusões do que os sonhadores.”

“Dê uma máscara ao homem e ele dirá a verdade.”

“A arte nunca deve tentar ser popular. O público é que deve tentar ser artístico.”

Fonte: revista bula