Acho que finalmente consegui cumprir a tarefa-desafio para a
disciplina de Sistemas Nacionais e Internacionais de Comunicação ministrada
pelo prof. Dr. J. Edgard Rebouças em 2004 enquanto eu ainda cursava a faculdade
de Comunicação Social, turma de Publicidade e Propaganda.
A tarefa consistia em construir uma analogia entre as relações capitalistas das empresas de comunicação e o poema "Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade. Mas antes de continuar, quero postar aqui outro poema de Drummond:
Voltando ao poema "Quadrilha", ele foi acertadamente bem analisado e explicado pelo professor em sala de aula. Depois, em casa, após dias de muita pesquisa e leitura sobre compras, vendas, sociedades e fusões entre empresas, e após várias tentativas frustradas de construir o paralelo entre a história das empresas e o poema, o melhor resultado só veio agora em 2015. Ficou assim:
A Globo amava o Bradesco
que amava a Samarco
que amava a Vale
que não amava
ninguém.
A Globo foi para a França,
o Bradesco correu para a bolsa,
a Samarco
poluiu o Rio Doce
que morreu de desastre
e a Vale foi vendida por F. Henrique
Cardoso
que não tinha entrado na história.
Agradecimentos:
Ao prof. Edgard - obrigado pelas aulas que tanto me acrescentaram e cujo
conteúdo ainda guardo na memória e nos cadernos.
E aos meus colegas formandos de 2005.
Para quem não conhece a "Quadrilha" de Drummond, segue:
ResponderExcluirJoão amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Este texto tem uma lógica determinista na qual cada personagem vê seu destino atrelado ao outro.
Tarefa cumprida! Fiz um poema referente à "Quadrilha" em paralelo com a informação publicada na coluna "Esplanada" (Jornal de Brasília) em 17/11/2015.
É bem sabido no meio literário que alguns poemas têm uma gestação longa antes de serem finalizados e publicados, mas esta foi a primeira vez que vi um dever de casa ter uma gestação de 11 anos. Peço desculpas, professor. Mas, antes tarde do que nunca :)
Genial Renan!!
ResponderExcluirTudo a ver com o que vivenciamos hoje, infelizmente...