sexta-feira, 24 de maio de 2013

Resenha do livro “Jacques Derrida: literatura, política e tradução”






















FICHA TÉCNICA

Título: Jacques Derrida: literatura, política e tradução
Autor: Marcos Siscar
Editora: Autores Associados
Ano: 2013


Travar contato com o trabalho de Jacques Derrida, um dos filósofos mais polêmicos do séc. XX, é imanente a qualquer professor/pesquisador das áreas humanas, em especial das Ciências Sociais, Literatura e Língua. Este livro apresenta três assuntos que foram objeto de reflexão do filósofo franco-argelino: crítica literária, política e teoria da tradução, três grandes temas que conversam entre si.

O autor é Marcos Siscar, que já havia publicado na França "Jacques Derrida: Rhétorique et philosophie" (1998) sobre o qual Derrida afirmou: "É de uma lucidez, de uma força e de uma novidade sem iguais. Ninguém fez isso ainda". Marcos Siscar é graduado em Letras, doutor em Literatura Francesa pela Universidade de Paris e pós-doutor pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (2003) e Collège International de Philosophie (2008), além de livre-docente (2005). Hoje é professor do departamento de Teoria Literária da Unicamp, pesquisador do CNPq, tradutor e poeta. O belo prefácio é de Mauricio Mendonça Cardozo, graduado em Letras, mestre em Língua e Literatura Alemã e pós-doutor pela Faculdade de Estudos da Tradução da Universidade de Mainz (Germersheim, 2013).

O livro é uma revisão especializada sobre o pensamento de Derrida com enfoque nos três temas citados no título. Como não poderia deixar de ser, a desconstrução é abordada pelo autor. Não obstante, é uma obra composta de artigos que tratam estritamente da filosofia de um pensador do pós-estruturalismo e pós-modernismo, logo, um pensador por vezes tido como hermético, prolixo; de uma reflexão efêmera, relativista, inconclusiva, o que pode desagradar ao leitor desavisado. Por esta razão, a editora e a obra foram felizes ao direcionarem-se a um nicho de leitores acadêmicos, ainda que a leitura estenda seu convite a curiosos da crítica derridiana.

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