terça-feira, 26 de abril de 2011

Ode ao vagabundo






Vejo o olhar triste e profundo,
Vejo os olhos do vagabundo.

No horizonte, silhueta ao fundo,
Despeço-me do vagabundo.

Ele sempre foi mudo,
Mas não era calado -
Uma vez falou ao mundo
Sobre sua esperança.
(Apesar de ser adulto
tinha sonhos de criança).

Um pobre palhaço
Sem nariz de plástico.
Um nobre vagabundo
Com talento único.

Ele sempre fez sorrir,
No circo ou na cidade -
Luz a fulgir -
Nos olhos da sociedade.

Trabalhando ou discursando
Num filme preto e branco
Foi-se o vagabundo
Das ruas para o mundo.

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