“O ato de escrever, antes de tudo
é legítimo ato de auto-afirmação.... É rasgar os traços de dependência social e
mental. Certamente é um ato de coragem, pois aquelas primeiras palavras parecem
nossas; mas as segundas e as seguintes o serão muito mais”. (BERNARDO, p. 38).
O ato de fazer rascunho, rasgar e
refazer é uma tentativa de se libertar da nossa personalidade mais superficial,
das ideologias mais cristalizadas em nossa mente, para dar asas a um novo
pensamento.
O processo dialético (escrever,
apagar e reescrever) nos conduz à idéia de exposição sincera de nós mesmos. Por
isso é um ato de coragem. E a coragem implica no enfrentamento de nossos medos,
fobias e tudo aquilo que nos causa aversão. Esta lição serve para o ato de
escrever, mas também para toda a vida.
Citação:
BERNARDO, Gustavo. Redação Inquieta. Belo Horizonte: Formato
Editorial, 2000.