terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os Beatles versus o racismo nos EUA

Os Beatles mostraram seu apoio ao movimento pelos direitos civis nos EUA ao recusarem-se a tocar em frente de plateias segregadas, como mostra um contrato.

O contrato (leiloado recentemente) firmava um show em 1965 no Cow Palace na Califórnia (EUA).

Assinado pelo empresário Brian Epstein, o documento especifica que os Beatles “não eram obrigados a se apresentarem diante de uma plateia que segregasse negros”.

Os Beatles já tinham se manifestado publicamente quanto aos Direitos Civis em 1964, quando eles se recusaram a se apresentar em um show só para brancos no Gator Bowl em Jacksonville, Flórida.

As autoridades da cidade voltaram atrás, permitindo que o estádio fosse ocupado por membros de qualquer raça, e a banda subiu ao palco.

“Nós nunca tocamos para públicos racistas e não vamos começar agora” – disse John Lennon – “Preferiríamos perder o cachê”.

A luta pela igualdade racial nos EUA depois inspiraria Paul McCartney a escrever a canção intitulada Blackbird.

Para ler a matéria completa, acesse:


1ª Observação minha:

Para quem não sabe, na época os EUA mantinham leis racistas que restringiam o acesso de negros a certos locais públicos.

2ª Observação:

Anos mais tarde, John Lennon foi investigado pelo governo norte-americano (FBI e CIA) por causa de suas manifestações contra a guerra do Vietnã e por sua luta pelos direitos civis. Hoje há provas de que o governo estadunidense queria expulsar John Lennon do país.

Tudo isso é mostrado no documentário Os EUA X John Lennon.

Segue no link abaixo o trailer do filme com legendas em português:


John Lennon nasceu em Liverpool, Inglaterra. Após a separação dos Beatles, ele foi morar em Nova York, EUA. O cantor e compositor pacifista foi assassinado em 1980, na entrada do edifício onde morava.



Lennon participava de passeatas e organizava movimentos artísticos pela paz. Muitas de suas músicas possuíam cunho social explícito:
- All You Need is Love
- Revolution
- Give Peace a Chance
- Imagine
- Power to the People
- Working Class Hero
- Happy Xmas (War is Over)
- Woman Is The Nigger Of The World

Esta última usa de ironia para defender a igualdade entre os sexos, sendo assim uma música feminista e ao mesmo tempo anti-racista (nigger é uma palavra ofensiva de cunho racista). As duas primeiras foram gravadas pelos Beatles.

Um comentário:

  1. Excelente post Campbra!!! Infelizmente falta muita música (educação) para que este câncer social desapareça!!!

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