quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Hierarquia social no Egito Antigo

A arqueologia contemporânea discute se houve escravidão no Egito antigo. Há muitas dúvidas ainda neste tema, mas a visão de um Egito escravocrata pode ser apenas um equívoco de historiadores antigos, como o grego Heródoto, que descreveu o Egito de tempos muito anteriores ao dele sob as lentes de uma Grécia escravocrata na qual ele vivia. Essa visão também é reforçada pela mitologia bíblica e pelos filmes de Hollywood, ambos com viés ideológico. O que já se sabe é que as pirâmides foram construídas por trabalhadores livres e bem remunerados para os padrões da época.

O esquema abaixo [em formato de pirâmide] ilustra em linhas gerais e grosso modo a divisão social do trabalho e, por consequência, a hierarquia social do Egito faraônico.


Na base: fazendeiros, agricultores; trabalhadores livres do campo e os artesãos que produziam ferramentas básicas do trabalho cotidiano.

Um nível acima: soldados, incluindo aqueles que foram derrotados em batalha e incorporados ao exército do faraó. Obs: na Roma antiga, os guerreiros derrotados geralmente se tornavam escravos, mas no Egito era comum os vencidos serem aproveitados como aliados.

O terceiro nível: artistas especializados na construção e manutenção de obras faraônicas [obras do Estado] como túmulos e templos e outros serviços dedicados à crença da vida eterna. Esse trabalho empregava muita gente.

No estágio mais alto: o faraó e sua família, os sacerdotes e os comandantes militares. O faraó era o chefe militar e mantenedor das tradições, os sacerdotes guiavam os rumos da religião e os comandantes militares podiam assumir o posto de faraó se necessário.




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