Da minha janela vejo um pássaro engaiolado. E os pássaros livres voam em volta dele. Ele tem água e comida em fartura, mas não parece feliz, ao contrário daqueles que voam livres ao seu redor e só contam com a providência divina para comer e beber.
Parece uma metáfora sobre a inútil tentativa humana de governar o destino dos outros. Ou uma alegoria sobre o capitalismo. Ou uma autorreflexão sobre vontades e frustrações, disfarçada por arquétipos oníricos. Ou uma epifania sobre os desígnios de Deus. Mas não. É apenas um pássaro engaiolado, triste, real e nada simbólico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário