Numa
Índia deflagrada pela guerra civil entre hindus e muçulmanos, Mahatma Gandhi,
profundamente entristecido pela violência que seus olhos testemunhavam, iniciou
uma greve de fome, estando disposto a morrer se a paz não fosse restaurada. Depois
de algum tempo em jejum, Gandhi já
estava muito fraco, não podendo mais se levantar. Certo dia, eis que chega
um homem hindu desesperado, joga-lhe um pedaço de pão e diz:
Homem: Coma! Coma! Eu vou para
o Inferno, mas não com a sua morte na minha alma!
Gandhi (com voz fraca) : Só Deus decide quem vai para o inferno.
Homem: Eu matei uma criança! Esmaguei a cabeça dela
contra a parede!
Gandhi: Por quê?
Homem: Porque eles mataram o
meu filho! Meu menino! Os muçulmanos mataram o meu filho!
O
homem se mostra amargamente arrependido, desfazendo-se em lágrimas. Mas o
mestre, em sua sabedoria, diz:
Gandhi: Conheço um jeito de escapar do inferno, meu filho.
Encontre uma criança cujos pais tenham sido mortos, um menino mais ou menos da
mesma idade, e crie-o como se fosse seu. Mas
há uma condição: Ela deve ser muçulmana e você terá que educá-la dentro dos
princípios desta religião.
(Cena do filme “Gandhi” de 1982)
Mahatma: "Grande Alma" |
Como ninguém queria ver um homem bom morrer, os conflitos cessaram e Gandhi então voltou a comer. Ele nunca recebeu um Prêmio Nobel da Paz.
Charles Chaplin e Gandhi |
"As gerações futuras terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra" (Albert Einstein)
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