quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A demagogia dos tolos sobre o gênio



Uma nova caça às bruxas está se formando. Os “vigilantes da boa-moral”, em nome da ditadura do “politicamente correto” agora estão apontando suas tochas para Monteiro Lobato, um dos maiores escritores brasileiros, sob a alegação de sua obra ser racista.

O ponto não é se ele era racista ou não. Proibir, censurar ou adulterar uma obra literária é o mesmo que omitir a Nossa História. Monteiro Lobato faz parte do nosso passado literário, nossa herança, nosso folclore, nossa identidade como povo brasileiro.

Ora, toda a História Humana tem guerras, escravidão, machismo, racismo... Até a Bíblia tem isso. Monteiro Lobato viveu e retratou um período da História Brasileira. Julgá-lo segundo os paradigmas atuais seria no mínimo injusto (para não dizer burrice). Proibi-lo nas escolas seria tão ridículo quanto proibir a Bíblia nas igrejas sob a alegação de ela conter muita violência em suas páginas.

A arte denuncia a realidade, doa a quem doer. Não importa se a obra é bonita para uns e feia para outros, o importante é que toda obra deve ter o seu espaço respeitado e que a expressão artística seja livre. Sem liberdade de expressão e de opinião, não há debate, não há respeito, não há democracia.

Os demagogos que torçam seus narizes, mas a liberdade de expressão não é discutível nem negociável. Essa é uma coisa da qual a sociedade jamais pode abrir mão. Toda ideia é passível de ser expressa e discutida. Há apenas uma ressalva para isso. Em todo debate, os dois lados devem estar munidos de conhecimento especializado sobre o tema, quando este assim o exige (como é o caso da Literatura). Logo, não há debate entre especialistas e não-especialistas.

A obra de Monteiro Lobato é um exemplo da genialidade literária brasileira. Este é um fato aceito entre estudiosos da área de Letras, portanto, não está em discussão.

Quanto ao racismo? Combatam-no! Ensinem os valores universalmente aceitos! Os livros existem para serem lidos e questionados, mas jamais censurados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário