Uma nova caça às bruxas está se
formando. Os “vigilantes da boa-moral”, em nome da ditadura do “politicamente
correto” agora estão apontando suas tochas para Monteiro Lobato, um dos maiores
escritores brasileiros, sob a alegação de sua obra ser racista.
O ponto não é se ele era racista
ou não. Proibir, censurar ou adulterar uma obra literária é o mesmo que omitir
a Nossa História. Monteiro Lobato faz parte do nosso passado literário, nossa
herança, nosso folclore, nossa identidade como povo brasileiro.
Ora, toda a História Humana tem
guerras, escravidão, machismo, racismo... Até a Bíblia tem isso. Monteiro
Lobato viveu e retratou um período da História Brasileira. Julgá-lo segundo os
paradigmas atuais seria no mínimo injusto (para não dizer burrice). Proibi-lo
nas escolas seria tão ridículo quanto proibir a Bíblia nas igrejas sob a
alegação de ela conter muita violência em suas páginas.
A arte denuncia a realidade, doa
a quem doer. Não importa se a obra é bonita para uns e feia para outros, o
importante é que toda obra deve ter o seu espaço respeitado e que a expressão
artística seja livre. Sem liberdade de expressão e de opinião, não há debate,
não há respeito, não há democracia.
Os demagogos que torçam seus
narizes, mas a liberdade de expressão não é discutível nem negociável. Essa é
uma coisa da qual a sociedade jamais pode abrir mão. Toda ideia é passível de
ser expressa e discutida. Há apenas uma ressalva para isso. Em todo debate, os
dois lados devem estar munidos de conhecimento especializado sobre o tema,
quando este assim o exige (como é o caso da Literatura). Logo, não há debate
entre especialistas e não-especialistas.
A obra de Monteiro Lobato é um
exemplo da genialidade literária brasileira. Este é um fato aceito entre
estudiosos da área de Letras, portanto, não está em discussão.
Quanto ao racismo? Combatam-no!
Ensinem os valores universalmente aceitos! Os livros existem para serem lidos e
questionados, mas jamais censurados.
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