sexta-feira, 12 de abril de 2019

À deusa da Sexta.


Ó, Afrodite-Vênus,
Ó, Afrodite-Vênus,
Diz-me se é por destino ou fado,
Ver um seio tão caprichoso
Um ventre tão arrumado,
Uma visão tão onírica
Em vigília, quase a meu lado!

Se é por sina ou acaso,
Sorte ou má fortuna,
A tão cobiçado corpo,
Nunca, jamais ter tocado.

Ó, musa do dia.
Na noite de sexta me chamas
Para em sonhos vê-la despida,
E de insônia queimar-me em chamas.

Ó, deusa na brisa do mar,
Eu cá na solidão do luar,
Entre brumas quiméricas te vejo,
Ninfa entre espumas, desejo
Em tua concha dormir e sonhar.



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