sábado, 25 de maio de 2013

“Eu não gosto de poesia”.

Quantas vezes já ouvimos alguém proferir a frase: “Eu não gosto de poesia” ou “Eu não gosto de literatura”. A estas pessoas, eu fraternalmente dedico esta postagem.

Já comentei sobre a necessidade inata da arte. O fato de haver pinturas pré-históricas em cavernas mostra que a necessidade do homem em se expressar é mais antiga que a preocupação em construir casas. Ou seja, a pintura é mais antiga que a engenharia civil. De fato, a pintura é mais antiga até que a matemática, a medicina e o direito.

Também já comentei que arte é a palavra que designa habilidade, técnica (techne, em grego), ou seja, a capacidade que o homem tem de criar algo artificial, algo que imite (mimesis, em grego) a natureza. Nesta definição, toda a ação humana para modificar o mundo natural seria classificada como arte. E o que é poesia? Assim como a física (physis) estuda os fenômenos naturais, a poesia (do grego: póiesis = fabricação) estuda as ações fabricadas pelos homens. A alquimia tradicional seria uma das formas de unir a physis e a póiesis. A antiga filosofia (philosophia = amor à sabedoria) era a metodologia de organização do pensamento e também a união de toda ciência (sabedoria) fabricada até então: matemática, química, retórica, política, medicina etc. Tales de Mileto, Pitágoras, Demócrito, Sócrates e Hipócrates são alguns filósofos cujos trabalhos ilustram isso.

E onde entra a literatura? Como arte da escrita (do latim: littera = letra), abarcaria toda a técnica (techne) da argumentação (retórica para os gregos, oratória para os romanos) e a estética da produção textual escrita e oral. Os estudos literários englobam a palavra em todas as suas formas e gêneros:
Lírica – a palavra cantada, a partir das emoções do eu subjetivo;
Narrativa – a palavra narrada/falada, a partir das percepções do narrador;
Dramática – a palavra encenada/representada, a partir das percepções de várias personagens (personalidades) simultaneamente.
Ou seja, a literatura desde a sua concepção esteve intrinsecamente ligada às outras artes: a música (na lírica), o teatro (no drama) e mais atualmente o cinema (haja vista a variedade de novelas, romances, histórias épicas e peças dramáticas adaptadas para a tela). Não obstante, é no roteiro original que o cinema se apresenta como novidade, criando um novo texto e um novo gênero literário.

O cinema é a fotografia em movimento e também a palavra apresentada a partir do foco da câmera (esta funcionando como o narrador). É por excelência a arte (techne) do século XX e a fusão de várias artes, dentre elas: a pintura (iluminação, maquiagem, efeitos especiais e pós-produção), a literatura (o roteiro, a trama), o teatro (a representação dos atores) e a música (a trilha sonora como parte importante da narrativa dramática, análoga ao coro dos teatros gregos). Se há ainda alguma dúvida de que o cinema é um gênero a ser contemplado pelos estudos literários, basta lembrar que alguns dos fundadores da semiologia/semiótica (hoje muito usada para analisar o cinema) eram críticos literários (exemplo: Roland Barthes e Umberto Ecco).

Tendo explanado os fatos acima, retomo a questão inicial desta postagem. Como eu diria hoje a alguém que ela gosta (e necessita) da poesia/arte/literatura em sua vida, mesmo que ela não conheça o real significado desses conceitos? Primeiro eu evitaria adentrar em definições teóricas (como fiz acima) e então montaria o seguinte questionário (como fiz abaixo) com comentários feitos a cada resposta obtida:

Você gosta de filmes/música?
Se sim, então você gosta de poesia/arte/literatura.

Você imagina a sua vida sem filme/música?
Se não, logo, mesmo que você não entenda a razão, você sente a importância e a necessidade da poesia/arte/literatura em sua vida.

Esses filmes e músicas a emocionam? Eles lhe fazem rir ou chorar?
Se sim, sua relação com poesia/arte/literatura é muito forte, sensível, pessoal, consequentemente demonstra que essa necessidade é inata.

Os filmes e músicas de que você gosta lhe acrescentam reflexões?
Se sim, você tem alguma consciência de que a arte não é apenas entretenimento, de que ela é, portanto, uma reflexão importante sobre o mundo, a natureza das coisas, o ser humano, a sociedade e a vida.

Conclusão:
Se você gosta de filmes e músicas tanto quanto me diz, você ama a arte, mas não aprendeu a ter gosto pela leitura e pelo estudo dela. O estudioso de Letras especialista em estudos literários aprende a analisar criticamente as ideologias por trás de cada texto, deixando de ser uma vítima inconsciente do conhecimento e passando a ser um produtor consciente, da mesma forma que o artista deixa de ser uma vítima da sociedade e passa a ser um formador de opinião.

Feito isso, tenho por finalizado o questionário e a argumentação, comprovando meu ponto de vista e convencendo o meu interlocutor da necessidade inata e importância imperativa das artes. Retomo a partir de agora a reflexão teórica juntamente com os leitores deste blog, e ao fazê-lo, resgato uma postagem anterior para afirmar o seguinte: Não há comunicação possível sem catacrese, metáfora e outras figuras de linguagem. Você, estudante de Letras, pode analisar qualquer texto oral ou escrito e notar que todos eles fazem uso dessas ferramentas linguísticas e que não seria possível haver a comunicação de ideias sem essas ferramentas. Este fato é outro indicativo da importância imprescindível dos estudos literários e linguísticos.


Filosofia e literatura (ou vice-versa)

Isto daria pano para uma outra postagem (das longas), mas não sei se farei. Por um lado, acho óbvio demais dizer o que vou dizer, por outro, acho inútil argumentar com quem ainda insiste numa separação radical entre essas duas disciplinas, portanto, vou diretamente à apresentação dos fatos em três pontos de vista diferentes.

1- Filosofia e literatura são basicamente a mesma coisa
A filosofia é a reunião de vários saberes, a literatura também. A filosofia é o amor pelo conhecimento e este é produzido pela arte da escrita, a literatura, consequentemente, uma coisa não existe sem a outra. Alguns filósofos (como Jacques Derrida) diziam que a filosofia pode ser lida como literatura e que esta pode ser lida como filosofia.  Portanto, a separação entre essas duas disciplinas seria meramente didática. Ou ainda, a separação seria forçosa e sem critérios, porque não há.

2- Literatura é um ramo da filosofia
A filosofia foi pioneira na produção da matemática, das ciências naturais, da lógica, da história, da política e também a arte da argumentação. A literatura seria a parte da filosofia que se ocupa do discurso verbal, ou seja, de todas as ciências mencionadas acima, exceto a matemática e as ciências naturais (apesar de poder também reportar-se a elas, e isso ocorre frequentemente). 

Poema de E. M. de Melo e Castro

















Assim sendo, quando Platão estudava os números pitagóricos, ele estava fazendo matemática, quando Platão escrevia diálogos, ele estava fazendo literatura. Em ambos os casos, ele era um filósofo.

3- Filosofia é um ramo da literatura
Jorge Luís Borges e vários outros diziam sarcasticamente que a filosofia seria um ramo da literatura fantástica.

Conclusão:
Particularmente, acredito nos três pontos de vista. Também acredito na separação entre filosofia e literatura, mas vejo isto como uma idealização do Romantismo, algo muito atual se considerarmos toda a história. No meu entendimento, a filosofia muitas vezes se apresenta como uma teoria, enquanto a literatura como uma alegoria. Isto é, a filosofia idealiza as práticas sociais, a literatura mostra essas práticas. Mas não há uma regra, tanto a literatura como a filosofia podem fazer os dois e ambas podem recorrer à ficção, haja vista os inúmeros exemplos de literatura verídica e filosofia fictícia, contradizendo o senso-comum. Vejo o gênero textual como a única diferenciação objetiva entre filosofia e literatura. A literatura como concebida hoje se manifesta em vários gêneros: dissertação, lírica, narrativa e drama (e sempre há uma mescla entre esses gêneros). A filosofia como concebida hoje se apresenta como uma dissertação.

Com isso, finalizo a postagem esperando ter sido claro em minha reflexão e desejando que o leitor ao analisá-las faça-o com cuidado.

Por fim, deixo os seguintes pensamentos (o terceiro é de minha autoria).

Jacques Lacan pronunciou a seguinte frase:
“O artista precede o psicanalista”.

– Com isso, o psicanalista queria dizer que a Arte (principalmente a literatura) já tinha antevisto muitas das descobertas que a psicanálise faria mais tarde como ciência.

Bertolt Brecht já disse que:
“Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma”.

“O conhecimento provém, em parte, da experiência direta, empírica e real. Também é formado em parte pela linguagem, isto é, a criação de rótulos para analisar, traduzir e descrever o universo. A sabedoria (se é possível alcançá-la) é a união crítica e metódica dessas partes”.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Resenha do livro “Jacques Derrida: literatura, política e tradução”






















FICHA TÉCNICA

Título: Jacques Derrida: literatura, política e tradução
Autor: Marcos Siscar
Editora: Autores Associados
Ano: 2013


Travar contato com o trabalho de Jacques Derrida, um dos filósofos mais polêmicos do séc. XX, é imanente a qualquer professor/pesquisador das áreas humanas, em especial das Ciências Sociais, Literatura e Língua. Este livro apresenta três assuntos que foram objeto de reflexão do filósofo franco-argelino: crítica literária, política e teoria da tradução, três grandes temas que conversam entre si.

O autor é Marcos Siscar, que já havia publicado na França "Jacques Derrida: Rhétorique et philosophie" (1998) sobre o qual Derrida afirmou: "É de uma lucidez, de uma força e de uma novidade sem iguais. Ninguém fez isso ainda". Marcos Siscar é graduado em Letras, doutor em Literatura Francesa pela Universidade de Paris e pós-doutor pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (2003) e Collège International de Philosophie (2008), além de livre-docente (2005). Hoje é professor do departamento de Teoria Literária da Unicamp, pesquisador do CNPq, tradutor e poeta. O belo prefácio é de Mauricio Mendonça Cardozo, graduado em Letras, mestre em Língua e Literatura Alemã e pós-doutor pela Faculdade de Estudos da Tradução da Universidade de Mainz (Germersheim, 2013).

O livro é uma revisão especializada sobre o pensamento de Derrida com enfoque nos três temas citados no título. Como não poderia deixar de ser, a desconstrução é abordada pelo autor. Não obstante, é uma obra composta de artigos que tratam estritamente da filosofia de um pensador do pós-estruturalismo e pós-modernismo, logo, um pensador por vezes tido como hermético, prolixo; de uma reflexão efêmera, relativista, inconclusiva, o que pode desagradar ao leitor desavisado. Por esta razão, a editora e a obra foram felizes ao direcionarem-se a um nicho de leitores acadêmicos, ainda que a leitura estenda seu convite a curiosos da crítica derridiana.

sábado, 18 de maio de 2013

A redução da maioridade penal no Brasil

Tenho observado os jornais, telejornais e programas de TV fazendo campanha implícita (propaganda ideológica) pela redução da maioridade penal. Como de costume, a mídia se apega a um tema menor e explora-o de maneira irresponsável. Antes de discutir essa proposta, ela deveria discutir as causas que levam tantos jovens ao crime.

Sei que a violência não se justifica, mas ela pode ser explicada. Eu vejo como as suas principais causas:
1- saúde e condições de vida precárias;
2- falta de oportunidades reais (o que leva à falta de perspectivas);
3- educação prioritariamente mercadológica, voltada para um mercado de trabalho competitivo e excludente;
4- cultura consumista que coisifica o homem e fetichiza os bens de consumo (cultura esta que é alimentada pela própria mídia).

Depois, a mídia não discute as consequências dessa proposta. Tendo em vista o atual sistema carcerário brasileiro (e a nossa Excelentíssima Justiça brasileira), prender um adolescente graduado no crime equivale a oferecer-lhe a bolsa de pós-graduação do crime. Esta ele cumprirá (na prática) em 5 anos (ou menos), depois disso, estará de volta às ruas, não integrado à sociedade, mas exercitando nas ruas táticas que aprendeu e aperfeiçoou na cadeia.

O comportamento humano é influenciado pelo meio. Quando moradia, alimentação, saúde e lazer são privilégios (e não direitos), o instinto de autopreservação faz a vida se tornar uma luta (violenta) pela sobrevivência. Qualquer um (até você) vivendo em condições precárias é um criminoso em potencial. Logo, se você realmente se preocupa com a violência, deveria antes se preocupar em como promover justiça social.

Não espere que os políticos façam isso por nós. A prioridade da política (e da polícia) não é zelar pelo bem coletivo, mas pelo bem privado. Nesse sistema de valores invertidos, a Justiça cumpre seu papel torpe criando novos presos políticos, isto é, vítimas da política brasileira. São eles os historicamente excluídos, pessoas cujas vidas foram banalizadas pelo sistema. Por isso, também não defendo a pena capital, eles seriam suas únicas vítimas.

Sou a favor da redução da maioridade penal, mas antes, sou a favor de uma sociedade que não precise chegar a tal extremismo. De que adianta tratar das consequências se não tratarmos também das causas? Se nossa sociedade educa as crianças para se transformarem em criminosos, esta sociedade está doente (a apatia e intolerância da sociedade atual já denotam uma sociopatia coletiva). Nessa conjuntura, com cadeias superlotadas e criminosos sendo fabricados a cada dia, a redução da maioridade penal seria inútil, isto é, não funcionaria nem como um paliativo. Prefiro antes defender ações preventivas e, paralelo a isso, um sistema que recupere (resgate) aqueles que se perderam no caminho. Isso se faz criando uma sociedade igualitária e inclusiva, promovendo uma Educação comprometida a ensinar a empatia e o altruísmo como as maiores virtudes humanas (sem essas virtudes, não há nem como se falar em respeito à individualidade).

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Áreas do conhecimento humano



Há basicamente quatro formas de conhecimento humano: religião, arte, filosofia e ciência. Hoje diferentes entre si, mas historicamente já foram interligadas. Como são formas diferentes de saber, não há como mensurar o valor de uma sobre a outra, logo, cada uma dessas formas possui valor em si.



RELIGIÃO

- Religar-se com o sagrado/ o divino/ o ideal.

- Fundamenta-se na .

- Nasce como uma crença pessoal, posteriormente transmitida a uma coletividade.

- Cria mitos, isto é, parábolas, alegorias e metáforas para explicar a origem do universo e justificar o comportamento humano, os dogmas, rituais e tabus sociais. Todo mito traz traços de intertextualidade com outros mitos ou contêm arquétipos, isto é, símbolos similares. Os mitos são manifestações literárias narrativas vindas da tradição oral e posteriormente escritos. Ou seja, os mitos são exemplos de manifestações artísticas que nascem em função da religião.

- É uma forma de conhecimento, mas não no sentido epistemológico.






ARTE

Etimologicamente, é sinônimo de técnica/saber fazer. Logo, arte é tudo aquilo que é produzido pelo homem. Sintetizando a opinião de Platão com a de Aristóteles, arte é a imitação do mundo natural, mas também é a ação do homem ao expressar a sua humanidade, suas dúvidas e sentimentos diante do mundo natural. Numa definição mais restrita, seriam consideradas como arte apenas aquelas manifestações de valor estético mais apurado, ou seja: música, pintura, escultura, literatura, teatro, dança, arquitetura, cinema.

As artes liberais







FILOSOFIA

- É uma investigação crítica que busca conhecer algo.

- Métodos: empirismo ou racionalismo. Os empiristas partem da observação da natureza. Os racionalistas desconfiam dos sentidos humanos, por isso cultivam a dúvida, logo, buscam outras formas de conhecimento. Porém, há filósofos que fazem uma síntese dialética entre esses métodos antagônicos.

Dialética






















- Fundamento: materialismo ou idealismo. Os materialistas consideram apenas o mundo material, concreto, palpável, visível. Os idealistas levam em consideração ideias que eles entendem como absolutas e fundamentais. 


Platão aponta para o mundo das ideias,
Aristóteles aponta para o mundo visível/palpável.


















- A filosofia é uma manifestação da retórica (a arte de argumentar). Enquanto a filosofia restringe-se a explicar algo apenas por meio de conceitos teóricos, objetivos e universais, a literatura enquanto arte transmite a sua mensagem também por meio de parábolas, alegorias, metáforas, casos específicos e conceitos subjetivos.




Hoje a filosofia se divide em áreas, algumas delas são:


Epistemologia – investiga o que é o conhecimento e como ele é produzido. É por excelência uma forma de metalinguagem, já que usa o pensamento para explicar o que é o pensamento. Por sua natureza, a epistemologia se torna o campo mais importante da filosofia e deve ser a primeira investigação de um filósofo antes de lançar-se em outros campos.

Metafísica/ontologia – estuda o que é o ser e como é a natureza das coisas.

Ética – estuda a moral. Às vezes faz juízo de valor ao tentar definir um modo adequado de se comportar. Busca um valor universal e racional que fundamente o modo de agir, ou seja, busca uma teoria para orientar a prática.

Política – estuda a organização humana em sociedade, mas hoje este campo foi delimitado pela sociologia e pela antropologia.

Estética – questiona o que é o belo e como podemos definir a criatividade. É a filosofia da arte.

Filosofia da linguagem – é um campo que foi ocupado pela linguística, mas esta assumiu um caráter científico (a partir de Saussure) e não mais apenas filosófico.

Lógica – estuda formas de estruturar o pensamento de modo coerente. Propõe fórmulas e denuncia falácias.





  
CIÊNCIA

- Baseia-se no método científico.

- Chega a conclusões a partir de pesquisas metódicas e experiências controladas, isto é, vai muito além do empirismo. A partir da prática científica, surge a teoria e nunca o oposto.

- Busca fatos para confrontar as conclusões a fim de testa-las.

- Não se impõe como uma verdade absoluta e imutável, mas suas conclusões são inteligíveis a qualquer pessoa desde que esta tenha o conhecimento técnico necessário para ler e compreender a linguagem científica.

- Por ser racional assim como a filosofia, a ciência também evita preconceitos (ideias pré-concebidas). Ela parte da dúvida.

- É essencialmente materialista, pois seu objeto de estudo deve ser palpável, observável, testável, verificável.


















Onde se localizam a teoria literária e a crítica literária?

- Área de ciências humanas/ curso de Letras.

- A teoria literária e a crítica literária são atividades científicas enquanto utilizam o método científico para averiguar elementos observáveis como a linguagem. 

Leia: O que é crítica literária?

No entanto, uma parte desse estudo investiga fatos não positivos (fatos não comprováveis), mas sim fenomenológicos. 

Leia: O que é consciência e o que é realidade?

Portanto, esse estudo também depende da epistemologia, método de investigação adotado, interpretação dos dados etc. No geral, as ciências humanas compartilham com a filosofia uma essência retórica.

Leia: O que é dialética?

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Quem gosta de gatos?

O escritor Mark Twain
O escritor Ernest Hemingway













A atriz Elizabeth Taylor
John Lennon

George Harrison
Paul McCartney (vegetariano e defensor dos animais)

Janis Joplin
Freddie Mercury
Kurt Cobain
O ator Morgan Freeman
O ator Anthony Hopkins
O ator Marlon Brando


O ator John Travolta
A atriz Cameron Diaz
Albert Einstein (tinha um gato e o tratava como filho)
















FELINOSOFIA (a sabedoria felina)
Simbolicamente, o gato representa a natureza instintiva, o poder da criação artística, o refinamento dos sentimentos e a própria imaginação. Isso no geral, mas a interpretação de um sonho e de um símbolo dependem dos sentimentos da pessoa que sonha e da cultura em que ela e o símbolo estão inseridos. De qualquer forma, a explicação para esse simbolismo deve estar relacionada à curiosidade, astúcia e graça do gato, qualidades próprias de sua natureza felina.



Dica de leitura:



















No livro (ilustrado), a autora fala sobre a mística do gato desde o Antigo Egito, onde era adorado, e descreve seu simbolismo nos sonhos, na literatura e nas artes em geral. Obra indicada para estudantes de psicologia, literatura, mitologia e amantes dos gatos que sejam curiosos por sua história e mistérios.

Sobre a autora:

Nise da Silveira foi psiquiatra brasileira, pioneira da psicologia junguiana no Brasil. Na década de 30 foi detida e presa pela posse de livros marxistas. Nesse período, conviveu na prisão com Graciliano Ramos (autor de “Vidas Secas”) e tornou-se personagem em "Memórias do Cárcere" (do mesmo autor). Nise revolucionou a terapia ocupacional utilizando cães e gatos no tratamento de doentes mentais como forma de estimular a afetividade.




Algumas dicas para o cuidado com animais de estimação:

- Jamais se desfaça de um animal depois que ele já se apegou a você e ao ambiente de sua casa, por isso, pense bem antes de adquirir uma mascote;
- Animais como gatos e cachorros são muito atenciosos e carinhosos. Você precisa dedicar tempo para cuidados e afetos. Animais abandonados sofrem muito e podem entrar em depressão;
- Antes de comprar, pense em adotar;
- Antes de ter, consulte pessoas que já tem um animal;
- Quando tiver, consulte veterinários sobre os cuidados com alimentação, higiene e saúde do animal;
- Leia muito sobre o assunto, pesquise sobre os hábitos e cuidados que cada animal requer, esteja sempre muito bem informado;
- Sempre forneça água limpa (filtrada) à vontade;
- Dê ração de qualidade. Nunca forneça comida humana ao animal, isso pode matá-lo;
- Brinque, seja carinhoso (não há contra-indicação para isso);
- Nunca bata no animal, pois, ao contrário de você, ele não entende o porquê de estar apanhando;
- Denuncie maus tratos!
- Se puder, forneça água também aos animais de rua.


Verdades e mentiras sobre os gatos
 
Há muita superstição acerca dos gatos, então vamos desfazer alguns preconceitos agora.


Gatos transmitem asma e/ou alergias?
Errado! Esse tipo de doença não é transmissível. Todavia, se a pessoa for alérgica ou asmática, o pêlo do animal pode provocar crise.
O que fazer?
1- Mantenha a casa limpa;
2- Mantenha o gato escovado e limpo.
Obs 1: Gatos já são limpos por sua natureza, portanto, um banho por mês é suficiente. 
Obs 2: No banho, sempre tome cuidado para não deixar entrar água no ouvido do bichano.
Obs 3: O ruído baixinho que o gato faz como se estivesse ofegante é o ronronar. Isso não é sinal de asma nem de falta de ar no animal. O ronronar é sinal de afeto, significa que o gato está feliz, demonstrando carinho.

Gatos transmitem toxoplasmose? Gatos e outros animais podem transmitir toxoplasmose, mas para isso, o animal já tem que estar contaminado.
O que fazer?
1- Os animais devem ser vacinados antes de adquiridos, isso evita doenças.
2- Todas as vacinas devem ser ministradas por um profissional, seguindo o cartão de vacinação do seu animal.
3- Animais domésticos não podem de maneira alguma comer carne crua, comer outros animais (que eles caçam) ou ingerir comida humana.
Obs: A mulher grávida não pode ter contato com a urina e as fezes de animais (gato, pombo etc), principalmente nos três primeiros meses de gestação. A gestante também deve evitar alimentos crus ou mal passados quando estes são de origem animal: carne, ovos, sushi, sashimi etc.
Antes de engravidar, a mulher deve fazer um exame para detectar se ela já tem a doença (toxoplasmose). Além disso, um exame sorológico pode detectar se o gato tem a doença. Todavia, evitando os dejetos do animal, o risco de contaminação é mínimo, já que a toxoplasmose só é transmitida pelas fezes, isso quando o animal está contaminado e apresentando baixa resistência. Já que os gatos sempre defecam em sua caixinha de areia, fica fácil evitar o local das fezes. Como eu disse, os gatos são muito limpos! Tome os cuidados devidos, não se desfaça do animal.

O sphynx é um gato pelado, uma boa opção para quem quer evitar pêlos. O persa é muito 
dócil e caseiro. Em comum, todo gato é carinhoso, curioso, dorminhoco e brincalhão.